Pau Rosa
Nome Científico: Aniba rosaeodora
Família: Lauraceae
Características Morfológicas: De grande porte, pode atingir até 30 metros de altura, com tronco de 2 metros de diâmetro. A copa normalmente é pequena. A casca desta árvore é pardo-amarelada ou pardo-avermelhada, que se desprende em placas. As folhas são simples, com as margens recurvadas ou planas. Já suas flores são amarelo-ferruginosas, hermafroditas e pequenas.
Origem: Brasil.
Ocorrência Natural: Matas de terras altas da Amazônia ocidental (sobretudo Pará, Amapá e o Amazonas) e fora do Brasil nos chamados países amazônicos (Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Peru, Colômbia e Equador).Parte de seu risco de desaparecer do mapa se deve ao fato desta espécie ser muito cobiçada pela qualidade de seu óleo essencial de aroma agradável, utilizado como fixador de perfumes. Tanto que o perfume mundialmente conhecido Chanel N° 5 utiliza o linalol, princípio ativo do pau-rosa, em sua composição.
Além disso, seus frutos são alimentos para aves, notadamente psitacídeos e aves da família Ramphastidae (tucanos).
A forma predatória de sua exploração esgotou o estoque disponível nas Guianas e também no Estado do Pará, no Brasil.
Geralmente a forma mais natural de colher seus frutos é após a queda natural deles. Esta é a prática mais usual. Porém a irregularidade na floração-frutificação e a destruição de frutos são fatores limitantes à obtenção de sementes. Além disso, recomenda-se o seu manuseio cuidadoso, devido ao fino e delicado tegumento da semente.
Mogno
Nome Científico: Swietenia macrophylla
Família: Meliaceae
Características Morfológicas: Árvore de porte grande, ela pode atingir facilmente 30 metros de altura. Seu tronco tem, em média, de 50 a 80 centímetros de diâmetro. As folhas, brilhantes, são compostas por 8 a 10 folíolos.
Origem: Amazônia brasileira.
Ocorrência Natural: É encontrada em toda a região amazônica, mas é bem mais frequente no Sul do Pará.
Árvore de grande estatura, o mogno tem uma diferença básica em relação às copas clássicas de outras espécies. Embora densa, tem um desenho menos espalhado para as laterais. Parece querer atingir o céu.
Conhecida também por aguano, araputanga e mogno-brasileiro, esta árvore quase chegou à extinção em razão da exploração de sua madeira para mobiliário de luxo, sobretudo fora do Brasil (Europa).
Espécie de madeira dura, ela tem como principal característica ser de uma resistência moderada ao apodrecimento e ataque de cupins. Ao mesmo tempo não pode ser aplicada diretamente no solo ou em áreas úmidas, pois apresenta baixa durabilidade nessas condições.
Como é usada com sucesso na arborização urbana, tem sido mais anotada ultimamente na região Centro-Sul do País. Em geral ela apresenta crescimento considerado rápido (4 metros aos 2 anos).
Castanheira
Nome Científico: Bertholletia excelsa
Família: Lecythidaceae
Características Morfológicas: Árvore frondosa, de copa clássica, que atinge de 30 a 50 metros de altura. O diâmetro médio do tronco retilíneo gira entre 100 e 180 centímetros. As folhas são simples e sem pelo. A famosa castanha é a sua semente.
Origem: Nativa da Floresta Amazônica.
Ocorrência Natural: Toda a região amazônica, incluindo Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, e o Norte dos estados de Goiás e Mato Grosso. É encontrada ainda nas Guianas, Venezuela, e a Leste da Colômbia, Peru e Bolívia.
Seu fruto (que abriga de 14 a 24 sementes) é de alto valor proteico e contém selênio, elemento que combate os radicais livres.
Apesar de amplamente difundida na Amazônia, está classificada de vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) e por uma razão muito simples: o desmatamento desenfreado naquela região. Com um detalhe agravante: esta árvore tem um crescimento considerado lento (ou seja, a sua reposição não ocorre no mesmo ritmo da destruição da floresta).
Embora seja consumida in natura, torrada ou na forma de farinha, doces e sorvetes, obtê-la requer um certo esforço manual, já que sua casca é extremamente dura de quebrar.
Hoje a sua exportação constitui uma importante fonte de divisas para o Brasil. Mas é no interior do País, para agricultores de baixa renda, que ela exerce um importante papel: além de ser muito nutritiva e alimentar as famílias, é comercializada e armazenada por longo período, mesmo em condições rústicas. E mesmo em solos quimicamente pobres e não adubados, tem desenvolvimento promissor.
Angelim-pedra
Nome Científico: Dinizia excelsa
Família: Leguminosae-Mimosoideae
Características Morfológicas: Esta árvore chega a atingir 60 metros de altura. Possui tronco revestido com casca descamante, que atinge diâmetros entre 100 e 180 centímetros. Suas folhas são compostas bipinadas.
Origem: Brasil.
Ocorrência Natural: Região Amazônica, sobretudo nos Estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Roraima.
Esta espécie é considerada uma das maiores árvores da floresta amazônica. Como possui tronco descamante, a curiosidade é que ao seu redor formam-se grandes montes de lâminas de casca.
Produz ainda, anualmente, um número considerável de sementes viáveis (que geralmente são levadas pelo vento dentro de suas vagens a grandes distâncias). Floresce a partir de agosto. Para obter suas sementes é relativamente simples.
Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciam sua queda espontânea (ou mesmo logo que caem no chão). Isso posto, é preciso levá-los ao Sol para secar, o que facilita a sua abertura manual e a liberação das sementes. O armazenamento tem tempo curto, inferior a quatro meses. Esta árvore possui uma madeira considerada muito pesada, bem dura ao corte e com alta resistência ao ataque de organismos xilófagos.
Tanto que, quando usada, geralmente é aplicada a ambientes externos (postes, moirões, pontes, estacas, dormentes e peças para a construção civil - caibros, vigas, ripas, tacos, tábuas para assoalho, batentes de portas e janelas - entre outros usos).