segunda-feira, 29 de julho de 2013

Reflorestamento e florestas sustentáveis.


Iniciativas públicas e privadas de reflorestamento garantem a preservação da cobertura vegetal de diversas partes do País


Apesar de alguns críticos afirmarem que florestas plantadas por empresas de celulose (e derrubadas posteriormente para fins comerciais) não são bons exemplos de reflorestamento, o pesquisador Dalton Valeriano, coordenador do Programa Amazônia, do Inpe, acredita que elas ajudam, indiretamente, no combate ao desmatamento. “Quanto maior a oferta de madeira e celulose proveniente das florestas plantadas, menor será a pressão para o desmatamento de novas áreas”, afirma.
Segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), em 2010 havia 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas no País – ante o número de 1,5 milhão de hectares registrados em 2004. Somadas as áreas de preservação, como mananciais, que são reflorestados com mata nativa, por exemplo, este número sobe para 5,09 milhões de hectares.
Independentemente do objetivo final do reflorestamento, os números atuais são animadores. Cerca de 20% das áreas desmatadas na Amazônia, estão sob alguma forma de regeneração – seja por meio de florestas plantadas ou secundárias, que se formam naturalmente após o desmatamento. Os dados são do Projeto TerraClass, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que avalia a situação ambiental dos oito estados que abrigam a Floresta Amazônica.
Outra forma de preservação são as florestas sustentáveis – locais que abrigam grande diversidade biológica, e que podem ser explorados de forma equilibrada, com o manejo consciente dos produtos locais, ou para fins turísticos. Graças aos contratos de concessão florestal,empresas e comunidades são autorizadas a extrair madeira, produtos não madeireiros e oferecer serviços de turismo de forma sustentável e mediante pagamento. Por meio desta política, o poder público consegue combater a grilagem de terra e evitar que áreas de florestas sofram alteração de seu uso (convertidas, por exemplo, para agricultura ou pecuária).
É o que acontece na Floresta Nacional do Tapajós, nas margens do rio que leva o mesmo nome, próximo à Santarém, no Pará. Nela vivem diversas populações locais que fazem uso do território, por meio de práticas sustentáveis e em equilíbrio com a floresta.
A atividade de manejo florestal madeireiro é organizada por uma cooperativa local que reúne 182 cooperados entre pequenos produtores rurais, pescadores e seringueiros da região. Em 2009, a Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós (Coomflona) recebeu o Prêmio Chico Mendes, categoria Negócios Sustentáveis, pela produção e comercialização sustentável. Naquele ano, por exemplo, foram vendidos 20 mil metros cúbicos de madeira retirados de uma área de 700 hectares (dos 32 mil autorizados). Os R$ 3,9 milhões arrecadados foram repartidos entre os associados.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Projeto deverá quadruplicar produção de borracha no Amazonas


Tendo como uma das linhas temáticas a heveicultura, a ação busca quadruplicar a produção anual de borracha natural, passando das atuais 1,2 mil toneladas produzidas para cinco mil toneladas, atendendo a um número de seis mil heveicultores amazonenses.
No total, 20 municípios vão ser selecionados para receber o projeto no Amazonas na área de heveicultura, durante um período de 36 meses. Através de assistência técnica e extensão rural diferenciadas, o trabalho pretende fortalecer a atividade no Estado, tendo como consequência a melhoria da qualidade de vida dos heveicultores e a oferta de borracha natural em quantidade suficiente para atender a demanda das indústrias locais.
Paralelamente à assistência técnica que será prestada aos produtores, que atualmente produzem por meio do extrativismo, os extensionistas rurais também vão levar aos heveicultores, através da instalação de Unidades Demonstrativas, a nova tecnologia de árvores tricompostas disponibilizada pela Embrapa Amazônia Ocidental. O material -- desenvolvido após 30 anos de pesquisas -- apresenta boa produção de látex e resistência ao fungo Microcyclus ulei, causador do mal das folhas e, até então, o principal limitador para o cultivo racional de seringueiras na região amazônica.
De acordo com a gerente de florestas da Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), Marilane Irmão, o projeto vai permitir o acesso dos heveicultores a novas tecnologias para produção de borracha. "O principal objetivo do projeto é aumentar a produção com qualidade. Nós vamos continuar trabalhando com a borracha extrativa, através dos seringais nativos, e vamos buscar adensar estes seringais a novas tecnologias", disse.
Segundo o pesquisador que está à frente das pesquisas com seringueira na Embrapa Amazônia Ocidental, Everton Rabelo Cordeiro, o programa está sendo implantado no mesmo momento em que a tecnologia de árvores tricompostas é disponibilizada para o Estado e para a região amazônica. "O programa vai ser um facilitador para que esta tecnologia chegue ao homem do campo em um momento em que o Estado está carente de borracha natural", destacou o pesquisador, que completou: "com a implementação destes materiais nessas comunidades, podemos dizer que em alguns anos o Estado pode tornar-se autossuficiente em borracha".

Treinamento

Uma das etapas para implantação do projeto aconteceu nos dias 5 e 6 de junho de 2013, quando técnicos que irão atuar na área de heveicultura foram capacitados na Embrapa Amazônia Ocidental, através do curso A Cultura da Seringueira. Na ocasião, os extensionistas puderam ter contato na prática com diversas temáticas relacionadas à seringueira, como o preparo das sementeiras, preparo do jardim clonal, noções de enxertia e a forma de sangria e coleta do látex.
"A perspectiva é que estas técnicas possam ser repassadas aos produtores e que eles possam ampliar a produção de borracha do Estado", afirmou a engenheira florestal que vai atuar no projeto, Dulcilene Oliveira.

Árvores Tricompostas

As árvores tricompostas de seringueira são formadas a partir da composição de três plantas: o plantio inicial é feito por meio de sementes de uma seringueira comum, que depois recebe a enxertia de outra planta de seringueira selecionada pelas suas características de boa produção e qualidade de látex, que irá formar o tronco ou painel; quando a planta atinge o tamanho adequado recebe a enxertia de um clone de seringueira que possui copa resistente ao fungo causador do mal das folhas. Com isso a árvore resultante dessa combinação consegue sobreviver e manter produção nas áreas onde há a presença do fungo Microcyclus ulei.

Pró-Rural

O Pró-Rural é coordenado pela Secretaria de Produção Rural do Amazonas e conta com a parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Secti). Os técnicos que irão trabalhar no projeto vão receber tecnologias desenvolvidas em instituições de pesquisa -- como a Embrapa, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Instituto Federal do Amazonas (IFAM) -- e terão a missão de tornar essas tecnologias acessíveis aos produtores do interior Estado.
Além da borracha, outras linhas temáticas integram o projeto: juta e malva, pecuária sustentável, piscicultura, manejo madeireiro, avicultura, fruticultura e olericultura. Os 62 municípios do Estado serão abrangidos pelo projeto, que possibilitará a geração de renda e a absorção de novas tecnologias, ainda não utilizadas pelos produtores.

Fonte: Embrapa Amazônia Ocidental

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Árvores excepcionais

No mundo inteiro, existem árvores extremamente fantásticas que parecem vir de outro planeta; exóticas, perfumadas, fecundas, ou simplesmente lindas. Que tal fazer uma pausa e se recostar sobre a sombra de alguns desses seres vivos excepcionais?
1- Sangue de dragão
A árvore que sangra quando é cortada, conhecida como Sangue de Dragão, a árvore da família Euphorbiaceae produz uma resina vermelha que aparece sempre que ela é ‘ferida’, vulgo, cortada. 

A resina tem várias utilidades, até para os humanos, é usada em batons, simplesmente pode ser usada para refrescar o hálito ou como pasta de dente, mas no caso da árvore serve para cicatrizar a ferida aberta e evitar que os insetos ataquem. 
 

2- Bombax ou árvore do algodão de ceda

Outra árvore com flores exóticas fantásticas é a Bombax, também conhecida como árvore do algodão de seda. Essa árvore pertence a uma família de baobá, é originária da Índia e traz muita cor para as ruas do Oriente Médio e Ásia (especialmente Israel e Índia). Tem grandes flores vermelhas, tão intensamente coloridas que quase parecem ser feitas de plástico. Aparentemente, essa árvore magnífica pode ser cultivada em miniatura, como uma árvore de bonsai, a partir de uma única semente plantada (esquerda). À direita, outra da família, Bombax ellipticum, em forma de concha de tartaruga.
Um tipo de árvore Bombax ainda tem uma história sinistra associada a ela: de acordo com o folclore de Trinidad e Tobago, o “Castelo do Diabo” é uma árvore do algodão de seda que cresce nas profundezas da floresta em que Bazil, o demônio da morte, foi preso por um carpinteiro. Segundo a lenda, o carpinteiro enganou o diabo para entrar na árvore (na qual ele esculpiu sete quartos, um acima do outro), e Bazil ainda reside lá.

3- Bisnagueira ou tulipeira

Também conhecida por “chama da floresta” ou “tulipeira do gabão” essa árvore normalmente é plantada em espaços urbanos, mas ele pode ser tornar uma espécie invasora. É uma árvore muito bonita e as crianças usam de seus botões para brincar de esguichar água uns nos outros.


4- General Sherman

Esta árvore é a maior do mundo em termos de volume, com um valor de 1487 metros cúbicos. Tem uma altura aproximada de 84 metros (m) e o tronco tem, na base, um diâmetro máximo de 11 m. Para se ficar com uma ideia de quantas pessoas seriam necessárias para a abraçar, basta afirmar que mede de perímetro à altura do peito, qualquer coisa como 24 m. Ela é uma das árvores mais altas e antigas do planeta, localizada no Parque Nacional das Sequoias, na Califórnia.
Calcula-se que supera os 2000 anos de idade...Pois é, não sei se troque de carro ou se invista esse dinheiro só para ver de perto e sentir o cheiro deste milagre da natureza.
Em Portugal, existem alguns "bebés" desta espécie, com pouco mais de 100 anos, estando alguns dos melhores exemplares no Parque do ex-Sanatório Sousa Martins, na vizinha cidade da Guarda, possuindo cerca de 40 m de altura e um perímetro à altura do peito de aproximadamente 5 m. 

5- Árvore de Tule
Esta árvore estrondosa tem o tranco mais largo que qualquer outra espécie do planeta, ele mede aproximadamente 35 metros, sendo tão largo que muitos pensaram se tratar de várias árvores. Estima-se que ela tenha entre 1.200 e 3.000 anos.

6- O cipreste solitário

Esta é a árvore mais fotografada do mundo, encravada numa rocha à beira-mar e cercada por mansões e campos de golfe, sendo uma das maiores atrações da estrada panorâmica que liga Pacific Grove a Pebble Beach, na Península de Monterey, Califórnia.

7- A grande árvore Banyan

Olhando para essa foto, você pode até pensar que se trata de uma floresta, mas a verdade é que se trata de uma única árvore. Ela é também a árvore nacional da Índia, localizada no jardim botânico Acharya Jagadish Chandra Bose, onde as pessoas vagam por suas raízes aéreas.

8- "Árvore da vida"

Uma árvore muito intrigante situada no meio do deserto do Bahrein. Ela está plantada no topo de uma colina de areia, longe de tudo e todos e ao seu redor nada se vê além de areia escaldante.

9- Baobá pão de macaco
Baobás armazenam uma quantidade surpreendente de água em seus troncos inchados, essa quantidade pode chegar até 120.000 litros, sendo que alguns troncos quando vazios era usados como prisões na Austrália Ocidental, cabendo até 5 pessoas dentro. A árvore pão de macaco pode ter formas muito estranhas, algumas lembram garrafas PET, enquanto outras parecem ter sido plantadas de cabeça para baixo. Não há explicação clara para o nome da árvore, cujos frutos também são chamados de “frutas de Judas” por terem dentro 30 semente, assim como as 30 moedas de prata.

10- Árvore bola de canhão

Essa árvore comum no Caribe e também no norte da América do Sul possui frutos com mais de dez centímetros de diâmetro, havendo a necessidade de ter placas de alerta abaixo dela, pois os frutos quando maduros caem e por conta de seu tamanho podem até matar um homem.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Você conhece a maior folha do mundo?



Em uma expedição pela bacia do Rio Madeira, em plena Floresta Amazônica, o doutor especialista em florística e fitossociologia Carlos Alberto Cid Ferreira, encontrou uma de suas maiores paixões: a Coccoloba spp. (Polygonaceae), considerada pelo Guinness Book a maior folha dicotiledônea do mundo e que chega a ter 2,50 metros de comprimento por 1,44 metro de largura na fase adulta.
Considerado pela comunidade científica como o maior coletor de plantas herborizadas da Amazônia brasileira, Cid Ferreira comemora em 2012 trinta anos da viagem em que descobriu as folhas gigantes. O projeto intitulado 'Flora Amazônica' foi uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Jardim Botânico de Nova York.
Segundo o pesquisador, a Coccoloba é um fenômeno da natureza. "É incrível como uma planta que tem somente um caule lenhoso, consegue levar os nutrientes do solo até suas folhas e desenvolvê-las até chegarem a tamanha envergadura", afirmou o botânico. "Outro fator interessante é que ela trabalha durante vinte e quatro horas por dia. Diferentemente das plantas comuns, a Coccoloba armazena energia durante o dia e realiza a fotossíntese durante a noite também", declarou.
Depois do Projeto 'Flora Amazônica', o pesquisador passou a ter como uma de suas metas na carreira encontrar outros locais da Amazônia outras árvores com as folhas gigantes, como aconteceu em matas secundárias das margens do rio Canumã, afluente do rio Madeira. "Encontramos a Coccoloba no município de Borba no estado do Amazonas, distante 151 km de Manaus. Tiramos diversas fotos, mas na ocasião, não trouxe nenhum exemplar".
Mais tarde, em 1993, pesquisadores do INPA e do IBAMA, realizaram uma excursão à Flona do Jamarí (RO), onde foram coletadas, de uma único espécie, duas folhas que mediam respectivamente 2,50 m x 1,44 m e 2,10 m x 1,32 m.
Atualmente, estas amostras estão registradas e catalogadas no acervo do INPA, sendo uma incorporada ao acervo científico do herbário e outra na exposição cientifica permanente da Casa da Ciência.
O botânico contou ainda que possui sua própria coleção de folhas da Coccoloba. "Tenho cerca de sessenta folhas, armazenadas em casa, para estudo particular. Mas estou querendo me separar delas. Quero doá-las à alguma escola da rede pública ou para algum museu da cidade", afirmou. "Não sou um pesquisador ciumento", completou sorrindo o doutor especialista em florística e fitossociologia.


Fonte: http://g1.globo.com/am/amazonas


Navio militar de 102 anos se transforma em floresta flutuante

Construído no Reino Unido em 1911, um navio militar abandonado na baía de Homebush, em Sydney, na Austrália, foi envolto pela vegetação. Entre tantos veículos deixados no local, ele foi um dos poucos que “virou floresta”, a ponto de hoje ser conhecido como “floresta flutuante”.

Durante muitos anos, o navio SS Ayrfield foi usado para transportar alimentos para as tropas americanas estacionadas na região do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial, até ser abandonado na região australiana.
Pesando 1.140 toneladas, o navio foi desmontado, sendo vários itens reaproveitados. Contudo, as carcaças permaneceram no local. Anos se passaram e a natureza foi tomando conta do equipamento, onde cresceu uma verdadeira floresta. Um destino irônico para um transporte que, por muito tempo, foi usado nas operações da guerra.

Outro navio, o SS Mortlake Bank, construído entre 1924 e 1934, também teve o mesmo fim. No entanto, acredita-se que ele seja menos conhecido e fotografado pelo fato do acesso a ele ser mais difícil.
O SS Ayrfield atrai turistas de todo o mundo. Ele embeleza e dá vida ao local que serve de cemitério de navios.
Pesando 1.140 toneladas, o navio foi desmontado, sendo vários itens reaproveitados 

Fonte: http://ciclovivo.com.br

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Curiosidade: Eucalipto Arco-íris – árvore multicores



Parece pintada a mão a quem duvide até hoje. Mas não é. O Eucalyptus deglupta, conhecido como Eucalipto Arco- Íris nasce assim naturalmente. É uma árvore de grande porte, que se destaca pelo colorido espetacular do seu tronco. É o único representante do gênero dos eucaliptos que ocorre naturalmente no hemisfério norte, nas Ilhas da Nova Bretanha, Nova Guiné, Ceram e Mindanau. No seu habitat pode atingir 75 metros de altura, com 240 centímetros de diâmetro de tronco; mas em cultivo geralmente permanece entre 20 a 30 metros de altura. O segredo por trás do colorido especial desta árvore está na forma como ela vai se descascando e revelando as partes coloridas. Inicialmente a casca fina, lisa e marrom se desprende e uma cor verde clara e vibrante aparece. Esta mancha de cor torna-se então sucessivamente verde escura, azulada, púrpura, laranja e por fim vermelha. Acontece que o processo ocorre a todo momento, formando manchas coloridas em diferentes estágios. A impressão que se tem é de que a árvore foi misteriosamente pintada, tornando-se uma verdadeira obra de arte da natureza.
Além do tronco cilíndrico e ornamental, suas folhas são atrativas também. Elas são opostas, ovadas a lanceoladas, e apresentam cor verde-escura na página superior e cinza na página inferior. As flores se reúnem em inflorescências do tipo umbela, terminais ou axilares. Elas são numerosas, de cor branco-creme a amareladas, com longos estames, perfumadas e produzem néctar em abundância, atraindo abelhas. Os frutos que se seguem são cápsulas globulares, de cor marrom, contendo de 3 a 12 sementes por válvula. As sementes são diminutas, achatadas e com uma pequena asa. O florescimento ocorre diversas vezes ao ano, com mais profusão na primavera e outono.
A casca exterior cai anualmente em diferentes épocas, mostrando a casca interior verde claro. Com o tempo a casca interna vai oxidando e escurecendo criando tons de azul, roxo, laranja e até vermelho. Então novamente começa a escurecer para os tons de marrom até que amadurece completamente e cai. Assim é o ciclo.
A árvore antes cultivada somente para o uso industrial da produção de papel tem sido amplamente difundida para o uso ornamental em jardins públicos e privados ao redor do mundo inclusive no Brasil.

Fonte: http://www.verdevaso.com.br

domingo, 7 de julho de 2013

A história do Pau-Rosa: a árvore da Amazônia que quase desapareceu do Brasil


Espécies florestais amazônicas ameaçadas de extinção


Pau Rosa
Nome Científico: Aniba rosaeodora

Família: Lauraceae

Características Morfológicas: De grande porte, pode atingir até 30 metros de altura, com tronco de 2 metros de diâmetro. A copa normalmente é pequena. A casca desta árvore é pardo-amarelada ou pardo-avermelhada, que se desprende em placas. As folhas são simples, com as margens recurvadas ou planas. Já suas flores são amarelo-ferruginosas, hermafroditas e pequenas.

Origem: Brasil.

Ocorrência Natural: Matas de terras altas da Amazônia ocidental (sobretudo Pará, Amapá e o Amazonas) e fora do Brasil nos chamados países amazônicos (Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Peru, Colômbia e Equador).Parte de seu risco de desaparecer do mapa se deve ao fato desta espécie ser muito cobiçada pela qualidade de seu óleo essencial de aroma agradável, utilizado como fixador de perfumes. Tanto que o perfume mundialmente conhecido Chanel N° 5 utiliza o linalol, princípio ativo do pau-rosa, em sua composição. 
Além disso, seus frutos são alimentos para aves, notadamente psitacídeos e aves da família Ramphastidae (tucanos). 
A forma predatória de sua exploração esgotou o estoque disponível nas Guianas e também no Estado do Pará, no Brasil. 
Geralmente a forma mais natural de colher seus frutos é após a queda natural deles. Esta é a prática mais usual. Porém a irregularidade na floração-frutificação e a destruição de frutos são fatores limitantes à obtenção de sementes. Além disso, recomenda-se o seu manuseio cuidadoso, devido ao fino e delicado tegumento da semente. 


Mogno

Nome Científico: Swietenia macrophylla

Família: Meliaceae

Características Morfológicas: Árvore de porte grande, ela pode atingir facilmente 30 metros de altura. Seu tronco tem, em média, de 50 a 80 centímetros de diâmetro. As folhas, brilhantes, são compostas por 8 a 10 folíolos.

Origem: Amazônia brasileira.

Ocorrência Natural: É encontrada em toda a região amazônica, mas é bem mais frequente no Sul do Pará.
Árvore de grande estatura, o mogno tem uma diferença básica em relação às copas clássicas de outras espécies. Embora densa, tem um desenho menos espalhado para as laterais. Parece querer atingir o céu. 
Conhecida também por aguano, araputanga e mogno-brasileiro, esta árvore quase chegou à extinção em razão da exploração de sua madeira para mobiliário de luxo, sobretudo fora do Brasil (Europa). 
Espécie de madeira dura, ela tem como principal característica ser de uma resistência moderada ao apodrecimento e ataque de cupins. Ao mesmo tempo não pode ser aplicada diretamente no solo ou em áreas úmidas, pois apresenta baixa durabilidade nessas condições. 
Como é usada com sucesso na arborização urbana, tem sido mais anotada ultimamente na região Centro-Sul do País. Em geral ela apresenta crescimento considerado rápido (4 metros aos 2 anos).





Castanheira


Nome Científico: Bertholletia excelsa


Família: Lecythidaceae

Características Morfológicas: Árvore frondosa, de copa clássica, que atinge de 30 a 50 metros de altura. O diâmetro médio do tronco retilíneo gira entre 100 e 180 centímetros. As folhas são simples e sem pelo. A famosa castanha é a sua semente.

Origem: Nativa da Floresta Amazônica.

Ocorrência Natural: Toda a região amazônica, incluindo Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, e o Norte dos estados de Goiás e Mato Grosso. É encontrada ainda nas Guianas, Venezuela, e a Leste da Colômbia, Peru e Bolívia.
Seu fruto (que abriga de 14 a 24 sementes) é de alto valor proteico e contém selênio, elemento que combate os radicais livres. 
Apesar de amplamente difundida na Amazônia, está classificada de vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) e por uma razão muito simples: o desmatamento desenfreado naquela região. Com um detalhe agravante: esta árvore tem um crescimento considerado lento (ou seja, a sua reposição não ocorre no mesmo ritmo da destruição da floresta). 
Embora seja consumida in natura, torrada ou na forma de farinha, doces e sorvetes, obtê-la requer um certo esforço manual, já que sua casca é extremamente dura de quebrar. 
Hoje a sua exportação constitui uma importante fonte de divisas para o Brasil. Mas é no interior do País, para agricultores de baixa renda, que ela exerce um importante papel: além de ser muito nutritiva e alimentar as famílias, é comercializada e armazenada por longo período, mesmo em condições rústicas. E mesmo em solos quimicamente pobres e não adubados, tem desenvolvimento promissor. 


Angelim-pedra

Nome Científico: Dinizia excelsa

Família: Leguminosae-Mimosoideae

Características Morfológicas: Esta árvore chega a atingir 60 metros de altura. Possui tronco revestido com casca descamante, que atinge diâmetros entre 100 e 180 centímetros. Suas folhas são compostas bipinadas.

Origem: Brasil.

Ocorrência Natural: Região Amazônica, sobretudo nos Estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Roraima.
Esta espécie é considerada uma das maiores árvores da floresta amazônica. Como possui tronco descamante, a curiosidade é que ao seu redor formam-se grandes montes de lâminas de casca. 
Produz ainda, anualmente, um número considerável de sementes viáveis (que geralmente são levadas pelo vento dentro de suas vagens a grandes distâncias). Floresce a partir de agosto. Para obter suas sementes é relativamente simples. 
Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciam sua queda espontânea (ou mesmo logo que caem no chão). Isso posto, é preciso levá-los ao Sol para secar, o que facilita a sua abertura manual e a liberação das sementes. O armazenamento tem tempo curto, inferior a quatro meses. Esta árvore possui uma madeira considerada muito pesada, bem dura ao corte e com alta resistência ao ataque de organismos xilófagos. 
Tanto que, quando usada, geralmente é aplicada a ambientes externos (postes, moirões, pontes, estacas, dormentes e peças para a construção civil - caibros, vigas, ripas, tacos, tábuas para assoalho, batentes de portas e janelas - entre outros usos).